" E o conhecimento partilhado é multiplicado "

Vivi um período enlouquecedor, dificuldade de descobrir quem seria afinal minha orientadora, desespero com o passar do tempo e nada de começar a escrever. Até que em outubro Dell me deu um belo puxão de orelha e sacode que me fez perceber o tempo que tinha restante e iniciei uma verdadeira corrida contra ao tempo.

Adriana a professora, Psicóloga e Bailarina, foi quem me ajudou no inicio do meu processo monográfico me indicando um autor: "Winnicott" e também o Hélio professor de Artes que me fez entender o valor da arte como forma de expressão sentimental de maneira inconsciente.

Finalmente recebi a notícia de que Madalena Freire seria minha orientadora. O que me fez tremer nas bases, 1º porque ela é uma teórica que eu iria citar e 2º o medo de passar pela sua avaliação sendo ela uma pessoa tão conceituada no mundo pedagógico e me exigir um pedagógico que eu talvez não conseguisse acompanhar.

Quando comecei minha pesquisa quase enlouqueci pela quantidade de material que fui encontrando nos livros, na internet e nos meus próprios registros reflexivos das aulas desde o primeiro semestre.

nunca havia parado para pensar que desde o começo meu tema já estava definido. Tenho muita coisa escrita por mim mesma que coloquei na construção da monografia e outras que não tive tempo de completar.

Descobri vários teoricos e psicólogos que pensavam no mesmo tema que eu e inclusive descobri que o Professor Dr. Nilbo Ribeiro Nogueira vai fazer uma conferencia sobre "Educação emocional: perspectivas para uma prática pedagógica no dia 25 de novembro de 2011.

O que me fez perceber que há outras pessoas pensando na importância desse tema e me incentivou a escrever quando eu estava começando achar que na verdade eu queria falar só de vínculo. Não foi fácil. Nem pra mim, nem pra ninguém. Mas fiquei perturbada por estar ao mesmo tempo fazendo Curso de Gestão Educacional Pública pela Prefeitura, estar montando meu plano de Gestão para a implementação da Consulta à Comunidade Escolar. Então achei que fosse desistir, que não ia dar conta. Eu não conseguia ser 100 % em nada.

Madalena me chamou pra conversar e disse que eu precisava organizar o tempo, pois eram muitas responsabilidades ao mesmo tempo e me deu a oportunidade de primeiro acabar meu curso e meu plano de gestão. Por isso fui a última a começar a escrever a monografia.

Nada como um dia após o outro.

"Vomitei" meus primeiros pensamentos no papel,

me afundei na leitura de livros e do meu próprio material.

E o que descobri?

O que coloquei em minhas considerações finais.

Somos muito mais do que imaginamos ser.

Marcamos as vidas dessas crianças com cada atitude seja ela boa ou má.

Com certeza traremos conteúdos e aprendizados

que ficarão marcados para sempre em sua memória.

Mas aprendi que muito mais importante que isso lhe ensinaremos valores

que podem ter sido esquecidos pela família,

hábitos que podem não ter sido nunca vistos em outro local,

cultivamos sentimentos como solidariedade e compreensão.

Mas o que ficou mais forte

é que toda e qualquer atitude que eu tomar

ficará encarnada em sua mente e em seu corpo e levarão isso para a eternidade.

Não tenho alunos, prontos a serem ensinados feito máquina

para atuar num mercado hipócrita e prisioneiro de quem não consegue ter personalidade,

mas sim de seres que pensam, sentem, vivem e sofrem apesar da pouca idade.

E que para o professor poder ajudar esse aluno a entender aquilo que vive e sente,

ele próprio precisa se dar voz e o direito de sentir.

como poderia falar de sentimentos e emoções sem viver as minhas próprias?

Sem reconhece-las?

Somos fruto de uma geração autoritária e preconceituosa e precisamos quebrar esse paradigma passando a dar mais valor a essas emoções das crianças.

Porque são essas experiencias bem sucedidas que ajudaram a compor a segurança afetiva da criança e por consequência sua personalidade.

É necessário o professor entender o valor de seu papel e a complexidade que envolvem suas ações para que atue com compromisso e responsabilidade.

Foi difícil, foi sofrido, houveram lagrimas, mas a cada palavra de incentivo, um centímetro eu avançava! As palavras tem um grande poder e vindo da Madalena e da Claudia Sabino olhando nos meus olhos e dizendo que eu era capaz mesmo quando pensei em desistir, me ensinaram mais uma tarefa do professor, ser incansável. Não desistir de nenhum aluno, Obrigada muito obrigada a cada um que fez parte desta conquista que hoje faço questão de dividir com o mundo para que vejam o quanto o conhecimento é libertador!!!! Beijos.....

"Levo esse sorriso porque já chorei demais,

hoje me sinto mais forte mais feliz quem sabe só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei..."